Neste jogo, criado por Robert S. Harris para a Magnavox americana em 1983, a Terra é atacada, silenciosamente por robôs acéfalos, controlados a distancia por uma raça alienígena de abelhas assassinas. Tais criaturas pretendem, na verdade, colonizar nosso planeta. Elas são imunes a toda e qualquer tecnologia criada pelo homem, exceto por um enxame composto de doze abelhas “terráqueas“ devidamente armadas com o incrível raio Rosha.
Você, por meio do joystick do Odyssey, controla o enxame de abelhas brancas. Os robôs se movem apenas em uma única direção: os azuis em sentido horário e os vermelhos em sentido anti-horário. Deve-se mover o enxame das brancas em direção ao robô que se deseja eliminar e deixa-lo ser picado. A medida que é picado pelas abelhas, ele começa a perder sua velocidade, acabando, eventualmente, morto e enterrado. De fato, após sua morte, urna lápide surgirá no lugar do ato, tal qual urna gentileza dos terráqueos.
Os robôs restantes passarão a esbarrar na lápide, pois são estúpidos e não sabem desviar, portanto, você devera planejar, com certa antecedência, o local onde o robô será desativado. Uma vez que a lápide esteja criada, o jogador passará dispor do raio Rosha, que deverá ser usado para matar as temíveis abelhas assassinas, caracterizadas pela cor verde.
Elas saem dos túneis nas bordas da tela inicialmente na cor verde, tendo características puramente exploratórias. Como são insetos alienígenas, evoluem quando não eliminadas, primeiro para a cor azul, quando passam a proteger seus robôs de maneira mais intensa, e posteriormente para a cor vermelha, quando começam a atacar o enxame de abelhas brancas – do jogador – de maneira agressiva. Os próprios robôs, após o recebimento das picadas, voltam a ganhar velocidade se não morrerem de fato. Evite as abelhas assassinas, claro, pois suas abelhas não se regeneram, e quando a última das brancas morrer, game over!
A animação dos caracteres é perfeita; suave e sem aquele flicker visto constantemente nos jogos de ação do Atari 2600.
Os gráficos do jogo são excelentes, pois quebram a rotina usada pelos programadores do Odyssey, que se baseavam em símbolos pré-definidos. O destaque vai para a tela de abertura, com um efeito de cores jamais visto, além de não ser baseada naquela manjada imagem do “Select Game”. A animação dos caracteres é perfeita; suave e sem aquele flicker visto constantemente nos jogos de ação do Atari 2600.
O som é genérico, como na grande maioria dos jogos do Odyssey, devido às suas limitações técnicas, mas fica muito melhor com o uso do dispositivo “The Voice”. As abelhas, então, passam a fazer um ruído muito engraçado, e os robôs, idem. Vale a pena investir em tal acessório, que ganhará uma análise em um dos futuros números desta revista.
A jogabilidade é fantástica, com controle preciso e adequado a esse tipo de jogo de ação. A pitada de estratégia e de planejamento que você deve usar, ao eliminar os robôs e as abelhas assassinas, proporcionam um fator de adição: fará com que volte a jogá-lo por mais vezes.
Abelhas Assassinas é, sem dúvida, um dos melhores jogos do Odyssey, e um dos poucos com ação frenética desde os momentos inicias. O cartucho não pode faltar em nenhuma coleção.
Por Carlos Brogoto
Publicado originalmente na Revista Jogos 80